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Financiamento de imóveis: estratégias e cuidados para uma decisão segura

Docente faz uma análise do comportamento do mercado de imóveis e compartilha informações para quem deseja adquirir a casa própria

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 O financiamento imobiliário pode seguir diferentes modalidades / imagem: divulgação

Adquirir um imóvel próprio é um dos maiores objetivos financeiros para muitas pessoas. No entanto, com as mudanças recentes nas condições de financiamento e a possibilidade de alta nos juros, especialistas alertam para a importância de planejamento e informação antes de fechar um contrato. Exatamente por isso é fundamental compreender todos os aspectos que envolvem a tomada da decisão para que seja feita de forma consciente e com menor possibilidade de erro ou arrependimento.

O professor Joélcio Braga, coordenador dos cursos de Administração e Ciências Contábeis do Unifacid Wyden, explica os principais pontos que devem ser considerados ao financiar um imóvel. De acordo com o docente, o financiamento é a alternativa mais viável para quem deseja comprar um imóvel, já que o pagamento à vista se torna inviável para a maioria das pessoas. "O processo de compra de imóveis hoje exige uma entrada, pagamentos intermediários, o valor das chaves e o financiamento do saldo devedor junto a um banco. Diante disso, financiar acaba sendo a opção mais acessível", afirma.

Contudo, outro importante alerta sinalizado pelo professor é que os juros podem impactar diretamente o custo final do financiamento e, exatamente por isso, quem deseja adquirir um imóvel deve agir rapidamente. Isso porque “a tendência é que os juros aumentem, o que torna o financiamento imobiliário cada vez mais caro", ressalta o professor Braga em sua análise do comportamento atual do mercado de financiamentos.

Riscos e oportunidades do financiamento

O financiamento imobiliário pode seguir diferentes modalidades, cada uma com impactos distintos no bolso do comprador. Entre as principais opções, estão as parcelas pré-fixadas, que mantêm um valor fixo ao longo do tempo, e as pós-fixadas, que variam de acordo com indicadores como o CDI (Certificado de Depósito Interno Bancário) ou a inflação. 

"A depender do banco, a opção pode ser pagar a inflação mais um percentual, o que pode ser arriscado caso a inflação dispare. Por isso, quem não tem conhecimento de mercado deve buscar a orientação de um especialista antes de fechar negócio", recomenda o professor.

Em acréscimo, vale dizer que a elevação da taxa Selic, que influencia os juros praticados no mercado, pode encarecer significativamente um financiamento. "Os bancos captam dinheiro mais barato e emprestam mais caro, e isso impacta diretamente o consumidor. Se a Selic sobe, o custo do crédito também sobe, tornando as parcelas do financiamento mais pesadas", detalha o professor Joélcio.

Nesse cenário, reduzir gastos e buscar alternativas de renda extra pode ser um caminho para garantir maior segurança financeira. "Investir em aplicações como Tesouro Direto e CDBs pode ser uma alternativa para aumentar o patrimônio e garantir melhores condições na compra do imóvel", sugere.

A importância da informação na tomada de decisão

Além de se planejar financeiramente, acompanhar relatórios econômicos pode ajudar a entender melhor as tendências do mercado imobiliário. O professor destaca a importância de acompanhar os boletins do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgados a cada 45 dias pelo Banco Central, e o relatório Focus, publicado semanalmente.
 

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