As inflamações na camada vascular do olho, problema conhecido como uveíte, podem ser provocadas por inúmeros fatores. Com relação às causas infecciosas, tendem a surgir devido a doenças bacterianas e espiroquetais, doenças virais, infecções fúngicas e parasitárias. Além disso, pode aparecer em função de traumas, doenças sistémicas, leucemia, entre outras. Os sintomas são dor ocular, vermelhidão, pontos flutuantes e perda de visão, por exemplo. Embora seja mais comum em pessoas entre 20 e 50 anos, a doença pode ocorrer em qualquer faixa etária. Além disso, pessoas com doenças autoimunes, como artrite reumatoide e espondilite anquilosante, têm maior risco de desenvolver a doença. No caso de apresentar sintomas, é preciso procurar um oftalmologista.
De acordo com o Dr. Vitor Prado, oftalmologista do Vilar Hospital de Olhos, semelhante à artrite (inflamação das articulações), a uveíte pode fazer parte de muitos processos de doenças. Isso significa compreender que “diferentes tipos de uveíte geralmente seguem padrões característicos que são distinguidos por fatores como: qual parte do olho é afetada, se a inflamação envolve um ou ambos os olhos, se a inflamação começou repentinamente ou gradualmente, se a inflamação se resolve completamente com tratamento que pode ser interrompido (aguda ou aguda recorrente) ou se ela recorre fora da terapia (doença crônica). Destes muitos subconjuntos, a apresentação mais comum para uveíte é, sem dúvida, a uveíte anterior aguda (ou AAU, sigla em inglês)”, explica.
O diagnóstico da uveíte é feito por um oftalmologista por meio de uma análise clínica do olho, que pode incluir exames de visão, aplicações de colírios anestésicos e o uso de um biomicroscópio para a íris e outras partes do olho, segundo o Dr. Vitor. Em alguns casos, exames de sangue ou de imagem podem ser necessários para identificar a causa subjacente. “Quando a doença é diagnosticada, é importante seguir as recomendações médicas, que pode orientar sobre o uso de colírios anti-inflamatórios conforme prescrito e evitar exposição excessiva à luz solar sem proteção ocular”, reitera.
Vale dizer, ainda, que o tratamento da doença depende da causa e da gravidade da inflamação. Para além de colírios anti-inflamatórios, podem ser recomendados “comprimidos corticoides ou antibióticos. Em casos mais graves, é possível que seja necessário tratamento hospitalar com medicação intravenosa. A uveíte pode ser curada, especialmente se tratada precocemente, mas pode ser necessário acompanhamento contínuo para evitar recorrências”, finaliza Dr. Vitor.
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